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Gestão de projectos na FMQ


Ser gestor de projetos transformou-se numa incógnita aos dias de hoje, por este papel variar muito consoante o core-business e o ambiente em que a empresa se insere.

Contudo, no desenvolvimento de uma organização estruturada e com crescimento sustentável a longo prazo, há algo que não pode ser revogado: a criação de um departamento de gestão de projectos.

Para mim isso ficou bastante claro quando, há mais de 4 anos, me lançaram esse desafio na FMQ. Ainda com um mind-set muito direcionado para a execução, já que a minha carreira se iniciou como Developer, encontrei na Gestão de Projectos a solução para a grande maioria dos impedimentos que encontrava como membro das equipas de Desenvolvimento.

Nesse início, que me parece neste momento bastante longínquo, comecei sozinha a estruturar os projetos da FMQ que, na altura, tinha ainda todos os benefícios e dificuldades de uma qualquer start-up.

Com o crescimento ritmado da empresa, fui recrutando e fiz crescer a equipa. Inicialmente optei por recursos internos que, apesar do pouco conhecimento na área de gestão de projectos, tinham valor pelo know-how que traziam dos mercados de actuação e pelo facto de já lidarem com pessoas com quem iam trabalhar.

Em 2017, com a delineação de uma estratégia em que existem equipas multidisciplinares específicas a cada mercado, a equipa de Gestão de Projetos cresceu, passando agora a coexistir juntamente com uma equipa de Gestão de Processos. Esta última tem um papel decisivo nas reestruturações de que a empresa tem sido alvo, alterando e implementando os novos processos.

O ano passado foi também o ano em que definimos formas distintas de trabalhar a Gestão de Projetos, criando duas dimensões: uma centrada no método tradicional, e outra com base na metodologia ágil Scrum - que devido às contingências da realidade da FMQ, não é seguida by the book.

No método tradicional, temos por base o PMP. Aqui, define-se o âmbito do projecto com o cliente, como acontece nos projetos em que se sabe exactamente o output final (como os ligados ao Hardware e Business Solutions).

No caso dos projetos que utilizam as metodologias ágeis, temos um Product Owner que faz o levantamento do âmbito e de tudo aquilo que vão ser as funcionalidades do produto, e um Scrum Master que o acompanha em termos de recursos e dependências externas, retirando todos os impedimentos e tornando o trabalho das equipas o mais eficaz possível. Aqui, no caso de uma animação de um dos nossos jogos, por exemplo, o facto de termos feedback constante do cliente torna qualquer iteração muito mais rápida e fácil, otimizando a cadeia de valor.

No geral, acredito que estas duas dimensões vão delinear o papel dos gestores de projeto na FMQ em 2018, assim como também no tecido empresarial português, dependendo do raio de atuação.

Também para 2018, na área de Gestão de Projetos da FMQ, há o objectivo de nos direcionarmos mais para a satisfação do cliente, que é um importantíssimo drive da empresa. Isto decorre do facto da nossa curva de aprendizagem em relação aos stakeholders ter estabilizado. E agora sim, estamos focados no cliente.

Em termos de Gestão de Projetos apontamos para uma melhoria dos processos, aumentando os nossos reports. Queremos que o nosso cliente tenha noção do mapa de operações, recolhendo os seus inputs e a forma como estes são geridos.

Para além disso, queremos dar formação interna em relação às plataformas e ao método de trabalho, já que são comuns a toda a empresa. Acreditamos que é muito importante esta uniformização para caminharmos todos na mesma direção.

Por isso mesmo acredito que vai ser um ano bastante motivante, e ao ganhar a proximidade do cliente, conseguimos saber a finalidade dos projetos. E, claro, vamos apostar em conhecer os clientes no seu país de origem, já que temos a consciência de que o meio ambiente em que as empresas se encontram pode influenciar o comportamento organizacional das mesmas. E desta forma conseguimos, mais facilmente, compreender as mensagens e lidar com expectativas.
Por último, há que salientar o recrutamento que vamos fazer para a área de gestão de projetos da FMQ. Muitas vezes perguntam-me “Ana qual é o perfil ideal para as tuas equipas?”. Para esta resposta, tenho obrigatoriamente de referir que a minha visão mudou nos últimos anos. No início da minha carreira, procurava sempre um perfil com uma parte técnica desenvolvida. Aos dias de hoje, apercebi-me da importância das soft-skills e que a parte técnica se aprende, com mais ou menos esforço. Um perfil mais adequado é um perfil que se consiga automotivar, que seja resiliente e que consiga inspirar positivamente as equipas em que estão inseridos. E claro, ter espírito de iniciativa, de forma a procurar novos desafios e a resolver os existentes. Por isso mesmo, não se esqueçam de enviar a vossa candidatura.

01 - 03 - 2018




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