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Programa SWitCH do Porto Tech Hub para mudança de carreira
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Ready, Switch, Gooo!

Há sempre tempo e oportunidades para mudar, e as histórias destas quatro pessoas provam isso mesmo. Começaram por exercer uma profissão e decidiram fazer SWitCH na sua carreira para abraçar desafios diferentes. O programa de requalificação profissional da Porto Tech Hub abriu-lhes novos horizontes e a Fabamaq as suas portas, para que pudessem atingir a realização pessoal e profissional procurada.

Os motivos, as dificuldades e as realizações ficam para ler em baixo no testemunho de cada um dos quatro Gamers da Fabamaq. Vamos a isto?



Fábio Brás, Sofware Engineer na Fabamaq 



Já fizeste o SWitCH há quanto tempo?

Eu participei logo na primeira edição do programa. Entrei há cinco anos no SWitCH e há quase quatro anos comecei na Fabamaq, onde trabalho hoje como Software Engineer na equipa de Automation & Delivery.

Qual era a tua profissão antes do SWitCH?

Eu era engenheiro de distribuição de sistemas eletrónicos. Trabalhava na Yazaki Saltano, em Ovar, e projetava as cablagens para carros, mais especificamente na equipa da Jaguar. 

Quanto tempo estiveste nessa área e o que te levou a mudar?

Eu trabalhei lá quase três anos. Decidi mudar, quase como uma vontade de descobrir outro lado das escolhas que fiz no ensino superior. Quando entrei no ensino superior podia ir para Engenharia Informática ou Engenharia Mecânica e, por várias razões, escolhi a segunda.

Depois com a entrada no mercado de trabalho e a experiência a fluir na empresa, comecei a olhar para outras opções e a procurar um novo trabalho devido às longas deslocações que tinha de fazer para ir trabalhar. Na altura, um colega meu de trabalho, falou-me da oportunidade que estava a aparecer no ISEP com o programa SWitCH. 

Eu fiquei curioso, procurei mais informação e acabei por identificar-me com os conteúdos do curso e com o facto de este me dar a oportunidade de prosseguir os meus estudos no ensino superior ao ser uma pós-graduação. Decidi então arriscar e ver o que poderia ter conseguido se tivesse optado por Engenharia Informática.

Como é que foi a tua experiência de aprendizagem no programa?

Para mim foi duro e fácil, em simultâneo. Como era uma área em que tinha algum interesse, já tinha o gosto e a vontade de aprender incutidos. 

Por outro lado foi duro porque o SWitCH acaba por condensar muita informação num curto espaço de tempo e requer muito esforço e trabalho dos alunos fora de aulas. Apesar de estarmos a estudar, era como um trabalho e isso era visível no horário. Nós tínhamos oito horas de aulas por dia e depois continuávamos muitas vezes na faculdade para concluirmos os nossos trabalhos. Nesse aspeto o programa é muito intenso.

Ao longo destes quase quatro anos na Fabamaq como tens sentido a tua evolução?

A minha evolução na equipa de Automation & Delivery tem sido positiva e composta por saltos maiores e menores. De resto ela foi logo facilitada no acolhimento. A Fabamaq sempre teve um ambiente muito porreiro e a forma como organizou a minha entrada facilitou muito. 

Pude falar com o meu atual head da equipa de Automation & Delivery logo no processo de entrevista e ele explicou-me tudo: as tecnologias usadas, o processo, etc. Na altura fizemos a entrevista de alinhamento e também aí foram impecáveis. Foi um processo muito relaxado, straight forward e isso contribuiu para que me sentisse já mais ambientado na entrada.

Tecnicamente tive um grande salto logo no início, que foi reaprender a stack que eu tinha dado no SWitCH, porque a Fabamaq trabalha com linguagens de programação diferentes. Tive de aprender tudo de raiz novamente. A par disso tenho tido outros saltos de evolução, sempre que investigo novas tecnologias para ajudar a equipa e a empresa. Depois tenho os pequenos saltos de consolidar e cimentar aquilo que aprendo para aplicar diariamente. 

Fazes um balanço positivo da decisão de teres mudado?

Faço um balanço positivo. Tem sido uma experiência engraçada com a Fabamaq e que não promove a monotonia. Tenho sempre ciclos de aprendizagem com diferentes intensidades e, após quase quatro anos, sinto-me um felizardo em poder dizer que não tenho essa monotonia. 

A mecânica era uma área que eu gostava, mas a informática também o é. Para mim, nesse sentido, foi mais fácil do que se calhar para outras pessoas que fazem a reconversão por situações de vida mais difíceis ou em busca de um emprego melhor.

Eu não me posso queixar. A engenharia informática é uma das áreas que já tinha ponderado no ensino superior e para mim foi super positivo juntar o útil ao agradável e fazer o programa. Ainda em relação à escolha da Fabamaq, já se passaram quatro anos e eu continuo aqui. Isso deve-se a alguma coisa certamente. Acho que Fabamaq e eu estamos a fazer um bom trabalho em conjunto! 

 

Ana Ferreira, Game Developer na Fabamaq





O que fazias antes de te inscreveres no SwitCH?

Eu tirei a licenciatura e o mestrado em Bioquímica. Depois disso trabalhei na Super Bock nessa área durante nove meses, e nesse período desempenhava também outras tarefas ligadas à área da gestão da qualidade na empresa. 

O que é que te levou a quereres mudar de área?

Era um descontentamento que já vinha a sentir. Acho que uma pessoa troca de área quando não se sente contente. Com o passar dos anos deixei de me identificar com a profissão. Continuo a gostar da área mas comecei a ver outras áreas que me interessavam.

Quando saí da Super Bock e andava à procura de emprego comecei a aprender programação. Na altura em que tive Bioquímica, uma das cadeiras que gostei mais estava relacionada com programação e sempre pensei: um dia quando tiver tempo, vou dedicar-me a aprender isto um bocadinho. Então, aproveitei esse período de pausa, fui aprender e gostei muito. 

Para ti começar o SWitCH foi então mais fácil ou díficil por causa dessa experiência inicial?

Eu sou uma pessoa que gosta de jogar pelo seguro e eu nunca iria fazer uma mudança destas se não tivesse a certeza de que era uma coisa em que eu me ia rever e que ia gostar de fazer. Eu realmente já tinha tido algum contacto com programação quando estive em Bioquímica, mas para mim não foi suficiente. O que me ajudou muito na decisão foi gostar daquilo e pensar para mim: eu vejo-me a fazer isto todos os dias. A partir daí é que tomei a decisão de ir para o SWitCH. 

Como foi a experiência de entrares na área de programação? 

Eu tinha receio claro, porque era um curso de conversão profissional curto apesar de tudo. Porém a minha vontade era também começar a fazer aquilo que gosto o mais rapidamente possível. Na altura de escolher as vagas, a Fabamaq foi a minha preferência, mas não tinha um particular gosto por jogos. Só que achei a vaga interessante e decidi escolhê-la. A verdade é que, desde que aqui estou, gosto cada vez mais de jogos. Acho que o receio foi desaparecendo com o tempo. 

Como foi o teu acolhimento e evolução na Fabamaq?

Estou na Fabamaq desde setembro de 2021 e cada dia sinto que consigo fazer mais, cada dia sinto que aprendo mais. A minha evolução tem sido mesmo muito boa desde que comecei. Gosto muito dessa sensação e outro aspeto que gosto é que esta empresa sempre foi muito acolhedora. Sabiam que vinha de Bioquímica, que vinha do SWitCH e sempre foram muito compreensivos comigo. Senti-me à vontade para ganhar confiança e evoluir mais rapidamente. Foi uma boa empresa em termos de acolhimento, sem dúvida alguma. 

Tens algum conselho para alguém que queira fazer o programa?

O meu conselho é que não devem insistir e tentar gostar de um caminho ou profissão que não vos faz felizes. Nós fomos feitos para sermos felizes e se acham que não estão satisfeitos devem trocar o mais rapidamente possível porque todos nós temos uma vida pela frente, independentemente da idade. Tinha colegas mais velhos que eu que fizeram o programa e que também estão bastante contentes.

Eu também diria para perderem o medo. Se gostam de outra coisa, arrisquem. O mais complicado deste processo é tomar a decisão de trocar de área e quanto mais tempo ficamos noutra área, mais difícil se torna mudar. No meu caso compensou, sem dúvida. Estou muito contente com o resultado até agora e acredito que no futuro também estarei. Uma pessoa mais confiante é uma pessoa mais feliz no trabalho.



João Sousa, Software Test Engineer na Fabamaq


O que fazias antes do SWitCH?

Eu era médico dentista. Durante sete anos esta foi a minha profissão.

O que te levou a mudar de carreira?

Foi uma mistura de fatores. Eu nunca tive uma paixão especial pela medicina dentária e escolhi por influência familiar pois sempre gostei mais de informática. Não necessariamente programação, mas sempre gostei de computadores. Acho que também sempre tive alguma vocação para isso.

Na altura de escolher o curso optei por essa carreira e ainda a exerci, mas não estava muito contente. Estava muito desgastado, trabalhava imensas horas e a situação laboral nunca foi muito estável. Então eu já andava a maturar a ideia de mudar. Quando vi o SWitCH decidi que era a altura. Era algo que eu queria fazer, podia aprender e parecia-me uma boa oportunidade.

Sempre gostaste de informática, mas tinhas algum conhecimento específico na área?

Acredito que o meu conhecimento técnico era um pouco superior ao conhecimento médio da população geral. Eu interessava-me pela área, lia sobre o tema e fazia algumas coisas também. Nesse sentido sabia um pouco mais, mas não tinha qualquer conhecimento de programação. Tinha um conhecimento básico de informática, mas que era superior ao do utilizador comum, pois procurava aprender e saber mais de uma forma autodidata. 

Acaba por ser então uma mudança grande da dentária para o SWitCH. Como foi a experiência de aprendizagem?

Foi um choque grande inicial. O programa são cinco dias por semana, oito horas por dia e a aprendizagem é diferente do que estamos habituados no modelo português. Não é só despejar matéria para decoramos e posteriormente respondemos em testes. É um modelo à base de desafios. Dão-nos um desafio para cumprirmos, dão-nos alguma orientação, mas temos de ser nós a chegar à solução. Era basicamente aprender fazendo. 

No fim do desafio, mesmo tendo chegado com sucesso à solução, se existissem soluções melhores para atingir os resultados, os professores explicavam como o podíamos fazer. Para mim foi um método que funcionou e se tem revelado eficaz. É desafiante, exigente e isso pode levar a que algumas pessoas queiram até desistir numa fase inicial. No meu caso, como gostava já particularmente da área, não tive esse problema.

E como foi a integração no mercado depois do curso?

O período inicial foi um pouco complicado porque nós apanhámos a entrada da pandemia e foi um ano excecional. Entramos nos estágios um pouco mais tarde do que estava previsto, mas começando o processo de entrevista, correu tudo muito bem. 

No processo de escolha de empresa, a que gostei mais entre as opções em cima da mesa foi a Fabamaq e não estou nada arrependido da minha decisão. Escolhi esta empresa porque me pareceram pessoas muito acessíveis e que estavam alinhadas com a minha forma de ser e de estar. Já estou há quase um ano e meio na equipa de Game Testing, têm-me acolhido bem e tenho aprendido muito . Dão-me liberdade para crescer e aprender e esse espaço é fundamental para pessoas que, como eu, não tinham uma ligação anterior com esta área.

Fazes um balanço positivo desta experiência?

Sim, o balanço é muito positivo, sem dúvida. Voltaria a repetir e até tenho pena de não ter ingressado no curso mais cedo, numa das primeiras edições.




Patrícia Castro, Software Engineer na Fabamaq




O que fazias antes de entrares no SWITCH?

Eu tirei o curso de Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto com especialidade em Multimédia. Entre 2013 e 2017 trabalhei nas áreas comercial e de marketing, sendo que a maior parte deste período foi passado em empresas de jóias. Nesses anos apercebi-me que não ia ter muita possibilidade de aplicar os meus conhecimentos de multimédia e que não estava, então, no sítio certo.

O essencial que te levou a mudar foi não poderes aplicar o que gostavas de fazer ou havia outra motivação para mudares de área?

Eu sempre tive alguma apetência para a área de programação e para fazer código. Sempre gostei dessa área. Nunca tinha explorado isso numa vertente profissional e não pensava que a minha carreira pudesse passar por aí. Mesmo quando surgiu essa questão da faculdade, nunca coloquei essa possibilidade.

Quando me apareceu o anúncio do SWitCH eu achei que era uma boa oportunidade para aliar a parte de multimédia/informática a algo que eu sempre tive algum gosto: o código e o mundo da tecnologia. Foi então que decidi apostar no curso.

Tinhas alguma base da tua formação em Multimédia de programação ou foste mesmo para o curso numa aprendizagem do 0?

Na faculdade tivemos algumas cadeiras na licenciatura que implicavam HTML e CSS, mas era uma base muito diferente daquilo que se utiliza no SWitCH. Não digo que comecei do zero literalmente, mas tinha muito pouco conhecimento que me pudesse ajudar no curso. Só tinha umas breves noções de HTML.

Então a aprendizagem foi exigente para ti? Como descreves esse processo?

Ao início é um pouco complicado porque a falta de bases dá-nos receio de não conseguirmos acompanhar. E como é muita informação nova, por vezes podemos sentir-nos um pouco sobrecarregados e os alunos podem ficar um pouco confusos e a tentar perceber se vão conseguir acompanhar. Depois, com a passagem do tempo, vamos percebendo que os conceitos vão ficando e que, quanto mais praticamos algo, mais naturalmente vai saindo o código. A ajuda dos colegas e dos professores também é importante aqui para irmos consolidando os conhecimentos aos poucos.

Já trabalhaste em mais do que uma equipa na Fabamaq, certo? Como tens sentido a tua evolução como profissional neste trajeto?

Sim, eu comecei com a equipa de Operating Systems em setembro de 2019 e agora estou com a equipa de People Interaction & Brand. As duas equipas têm formas de trabalhar e projetos totalmente diferentes. Não posso dizer que estou em quase três anos de evolução contínua, porque são projetos com tecnologias distintas e logo aí tive de fazer um reset e começar do zero novamente.

Estou a gostar bastante. Estou a sentir que estou a aprender muito e acho que tenho a normal sensação de que tenho muito para aprender. Tenho vindo a perceber que esta sensação é comum nas pessoas da minha área, independentemente de se sair do SWitCH ou da licenciatura de uma faculdade. No início isso fazia-me muita confusão, pois sentia-me muito atrás das outras pessoas também porque não tinha background de engenharia. Agora já não sinto tanto isso porque vejo que as pessoas com background à minha volta sentem a mesma dificuldade e que há sempre coisas novas a surgir.

Depois destes três anos sinto-me muito diferente da pessoa que saiu do SWitCH e é natural que assim seja, mas também sei que também tenho muito para caminhar. Os alunos saem com uma boa base do SWitCH, mas têm de ter um esforço para se aproximarem do nível de conhecimento de quem já faz isto há muito anos.

Que conselho deixarias a uma pessoa que está a repensar a carreira como tu fizeste?

Acho que se a pessoa ponderar enveredar pelo SWitCH ou por uma carreira na área tecnológica tem de perceber se isto é uma coisa que gosta realmente.

Tem também de existir alguma resiliência, porque nesta área temos de aceitar que não vamos conseguir ter sucesso sempre à primeira. Há aqui uma aceitação do erro como elemento comum que é complexa. Temos de perceber que vamos falhar, que é normal e que vamos ser melhores em programação com paciência. Temos de saber aceitar problemas, desafios e de ser persistentes para os resolvermos.

Acima de tudo acho que tem que ver com convicção, resistência e aceitação do erro. As pessoas assustam-se com a sua área de proveniência, mas o que interessa aqui é mais uma questão de raciocínio, lógica e curiosidade pelo código. Querer sempre aprender mais e saber que, eventualmente, vamos ter de compensar algum background diferente com esforço.
  

A Fabamaq é uma das empresas associadas da Porto Tech Hub e o nosso Gamer Luis Silva, Head of People, Interaction & Brand, exerce funções como presidente da associação. O programa SWitCH já está na sua quinta edição e permitiu a 16 pessoas seguir uma nova carreira na Fabamaq.


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